:: Fotos Waldo Dalvi – 2009 :: Link álbum Picasa
:: Imagens 1º dia http://picasaweb.google.com.br/Waldodalvi/MegaArtesanalSaoPauloJulhoDe2009A#
:: Imagens 2º dia :: http://picasaweb.google.com.br/Waldodalvi/MegaArtesanalSaoPaulo2009B#
:: Imagens do 3º dia :: http://picasaweb.google.com.br/Waldodalvi/MegarArtesanalSaoPaulo2009C#
Rapaziada!!! Que grande barato... Pô, não sei se merecia (risos!!!), mas como estávamos precisando de um passeio bacana desses!!!
Como minha esposa e eu gostamos muito de artesanato e arte, inicialmente, o evento Mega Artesanal (de 01 a 05 de julho em SP) foi o mote principal para a nossa ida a SP, porém, há muito tempo pretendíamos visitar essa capital e todas as suas possibilidades culturais!
:: Chegada a SP :: (Sexta feira)
Tranqüilo! Saímos cedo de Vitória, na sexta (03/07/09), com sol, chegando por volta das 12 horas em SP, com frio e nublado, pena os lugares no vôo da Gol nos remeter as lembranças das aulas de história onde nos contavam como eram transportados os escravos em navios negreiros (Risos!). Pô, só a palavra “apertado” não serve mais para definir nossa situação!!! (Risos!!!). Mas “ta valendo”!!!
Rapidinho chegamos ao hotel resolvemos tudo, deixamos as malas e já partimos rumo a Pinacoteca e ao Museu da Língua Portuguesa!!! As primeiras paradas!
Mais antes passamos primeiro na famosa Rua Teodoro Sampaio, a rua das casas de instrumentos musicais! (Risos!!!).
:: Rua Teodoro Sampaio ::
Impressionante!!! É uma versão bem maior e mais movimentada da igualmente famosa Rua da Carioca, no Rio!!!
São Lojas de todos os portes; lutherias; galerias, lojas de instrumentos usados, escolas de música, isso porta a porta em ambos os lados de uma extensa rua ladeira a cima! Essa rua me pareceu também um grande ponto de encontro entre músicos que aproveitam para trocar idéias e se informarem sobre propostas de trabalhos e o que acontece de novidades sobre shows e eventos musicais pela cidade.
Vi muita coisa legal, mas como tenho dito ultimamente: “O mundo realmente é das guitarras” (risos!!!). Do mar de lojas que visitei nessa rua (tudo bem, não consegui ver todas – risos!) somente umas seis vendiam harmônicas e destas somente umas duas vendiam uma variedade maior de acessórios, modelos de harmônicas nacionais e também importadas.
De equipamento para harmônica, o que mais me interessava, encontrei somente os microfones Shure Gren Bullet (DX 520), com potenciômetro, o SM 57 e o Hering - nada de Hohner Blues Blaster (Astatic JT30).
O mesmo aconteceu com os cases e bags para harmônica, ou seja, nem cheiro, mesmo tendo encontrado um livreto da Hering, em uma grande casa por lá, com a lista desses acessórios.
Os valores também não eram tão diferentes do que costumamos ver em sites ou nas lojas de Vila Velha e Vitória – só mesmo as possibilidades da oferta maior de marcas como Hering e Bends (Hohners e Susukis são difíceis também), microfones, amplificadores e pedais acaba compensando um investimento maior como a ida a São Paulo somente para aquisição desses equipamentos!
:: Pinacoteca ::
Cara!!!! MUITO SHOW!!!
Começando com o belíssimo prédio, imponente, com um visual que já nos inspira!
Era muita coisa para ver, várias mostras acontecendo simultaneamente, tinha as obras de seu acervo permanente que inclusive visitaram o MAES Dionísio Del Santo há pouco tempo, com vários artistas e visitantes que retrataram o Rio de Janeiro do final do século XVIII e início do século XIX. Destaque aqui para as muitas aquarelas, marinhas e gravuras.
Logo na chegada dos salões uma exposição com artistas da atualidade brasileira, havia uma enorme baleia Jubarte esculpira e toda revestida por jeans, muito viajem!!! (Risos!!!). Esculturas, instalações e pinturas.
Um grande salão com varias obras de Almeida Júnior (caipira picando fumo e tocando viola em destaque) e outros artistas dessa época (séc. XIX e XX). Pinturas com homem do campo, retratos de personalidades, naturezas mortas e alegorias.
Exposição fotográfica integrando fotógrafos franceses e brasileiros retratando Brasil e seus costumes do início do séc. XX até a atualidade – Fantástico, obras em PB e em cores.
Havia um grande espaço dedicado a vários artistas modernistas, Tarcila, Lígia Pape, Lasar Segal, Volpi, Ademir Martins são alguns nomes que me recordo. Ao lado também havia um salão todo dedicado às esculturas, quadros objetos, pinturas e serigrafias de Rubem Valentim, artista contemporâneo falecido em 2000 – muito lindo!!!
Saímos de lá, sem conseguir ver tudo, mas felizes da vida, e fomos ao Museu da Língua Portuguesa, do outro lado da Rua.
:: Museu da Língua Portuguesa ::
Já chegamos com um prazo curto para conhecer o local que fecha às 17 horas, mas deu tudo certo.
Que lugar!!! Muito bacana!
Exposições interativas, muitos recursos multimídias, telões eletrônicos, terminais de pesquisa, tudo isso para destacar a nossa língua portuguesa, show de bola!!!
Destoando um pouco do roteiro cultural passamos em um shopping (a gente também gosta - risos), jantamos e voltamos para o hotel que nos aguardava com uns caldinhos quentes e revigorantes depois de um dia pauleira!!!
:: Segundo dia :: (Sábado).
Acordamos bem cedo, por volta das 7h, nos banqueteamos de um farto e saborosíssimo café da manhã (êita!), e partimos para a 25 de Março – que rock n’ roll rapaziada!!! (Risos!!!).
:: 25 de Março ::
Cara, parecia o fim do mundo (risos!), putz!!! Era literalmente um mar de gente e confusão, mas encaramos a empreitada – foi show de bola!!! (Risos!!!).
Camelôs, bugigangas, contrabando, pirataria, eletrônicos, roupas, tênis, tudo o que você possa imaginar!!!
De lá fizemos o percurso rumo ao Mercado Municipal, que é próximo as ruas da 25 – O que era aquilo? Que lugar bonito!!!
:: Mercado Municipal ::
Como já era por volta do horário de almoço e o Mercado oferecer diversos bares e restaurantes o local também estava bem movimentado, mas valeu muito a pena conhecer o espaço!
Frutas, legumes, temperos, carnes frescas, pescado, frios, iguarias, laticínios, vinhos e aromas mil numa arrumação intrincada e ao mesmo tempo suigeneris que nos saltam os olhos. Por sua degustação visual e aromática me lembrei muito de minha infância, onde acompanhava minha mãe encantado nas feiras livres que hoje em dia são cada vez mais raras!!!
Bom, tive o privilégio de degustar o famoso pastel de bacalhau do Mercado – minha nossa, o que era aquilo?!? (Risos!!!). O pastel vem recheado com uma porção “pra lá de generosa” de bacalhau, delicioso, muito bom, show (risos!!!).
Nem consegui pedir o sanduíche de salame, que vai pelo mesmo caminho, ou seja, num pãozinho francês fresquinho eles colocam quase meio quilo de salame (risos!), é um exagero, mas é irresistível de tão lindo que fica o sanduba!!! (Risos!).
Vimos muitas coisas lindas por lá, mas após conhecermos o mercado e de já estarmos reabastecidos (risos!), era hora de seguirmos em frente e darmos continuidade ao nosso passeio, próxima parada o evento Mega Artesanal 2009.
:: Mega Artesanal 2009 ::
Pô!!! Se não fosse a versatilidade do metrô certamente não conseguiríamos realizar a nossa visita a Sampa, pois lá da 25 seguimos rumo a Jabaquara (que é o ponto final de uma das linha do metrô), ou seja “é longe a pampa” (risos!), mas chegamos em poucos minutos até lá – muito bom e impressionante!!!
A organização do evento disponibilizou transporte gratuito de vans para os visitantes, o ponto marcado divulgado era bem próximo à estação do metrô Jabaquara – coisa muito chique gente! Novamente tudo nos conformes e rapidinho chegamos por lá também! Organização impecável e sem estress!!!
O evento estava muito bacana, lotado; estandes lindíssimos de várias marcas fabricantes e também de lojistas. Muitas oficinas de artesanato e de arte, demonstrações de técnicas em workshop rolando simultaneamente em praticamente todos os estandes, e o melhor de graça, além das exposições de arte que para mim foram o ponto alto.
Vi exposições muito legais e a de Elifas Andreato especialmente me emocionou muito, mesmo sendo uma pequena mostra de alguns de seus trabalhos mais conhecidos. Sempre apreciei a sua arte e seu trabalho primoroso como ilustrador, além de sua incessante busca pela valorização de nossa cultura brasileira - o cabra é dannado!!! (Risos!).
Tinha também a exibição de trabalhos de pintura que haviam participado de um concurso (infelizmente não me recordo qual), eram trabalhos muito criativos que primavam pelo bom gosto, ousadia e pelo apuro refinadíssimo de diversas técnicas tais como: pintura a óleo, aquarelas, quadros objetos, acrílicas e até obras realizadas em eucástica – tudo muito lindo e instigante com certeza!!!
No geral minhas impressões sobre a Mega Artesanal 2009 foram positivos, os pontos que acredito deveriam ter sido reforçados seria a maior presença de algumas empresas conhecidas no setor que ficaram de fora, havia muitos estandes com oferta de produtos parecidos ou iguais, além da limitação dos estandes de fabricantes não poderem comercializar diretamente seus produtos aos visitantes, somente as empresas de revenda como as lojas podiam fazer isso.
Com algumas raras exceções vistas, por exemplo, no estande da Dremel (multi retíficas e acessórios elétricos) que apresentou diversas novidades, máquinas e inovações úteis de seus produtos e o belíssimo estande de Peter Paiva (sabonetes e essenciais aromáticas) que sem sombra de dúvidas foi o estande mais lindo e bem personalizado, estando ainda de acordo com as propostas e valores enaltecidos pela marca, sendo também o espaço mais simpático, acolhedor e totalmente diferenciado em relação aos outros participantes deste evento.
Um outro detalhe que me decepcionou um pouco, além da ausência de novidades e tendências, sem contar os altos valores dos produtos comercializados por lá, foi à ausência quase que absoluta do artesanato de manufatura, ou seja, do artesanato de origem primária (tecelagem, transformação e aproveitamento de fibras naturais; cerâmica; escultura, biojóias, movelaria e etc. – só havia um estande com poucos artistas desenvolvendo e mostrando alguns trabalhos nesse seguimento.
Revistas, folhetos, brindes, material de divulgação, souvenires, ou seja, nada era distribuído aos visitantes – tudo era para ser vendido (risos!). É mole?!? (Risos!!!).
Mesmo assim foi legal, afinal é difícil agradar a gregos e a troianos – deixo as minhas dicas e impressões sobre o evento por aqui – é isso!
Voltamos para o Hotel, mais mortos do que vivos (risos!!!), e por um pequeno engano saltamos uma estação antes da nossa, saímos na Paulista que fervilhava, mesmo assim decidimos caminhar até o nosso hotel que estava relativamente próximo.
Admirando tudo, já era noite, nos deparamos com uma ampla galeria (tipo centro comercial), vi que rolava uma exposição por lá – muito bacana, com certeza, mas a surpresa mesmo foi descobrir que ali havia quatro lojas da Livraria Cultura muito “alucinadas” (Risos!!!). Uma era somente para a parte de livros de arte e, logo em frente, uma mega store colossal com dois pavimentos gigantes, amplos, abarrotados de gente, havia uma cafeteria maravilhosa, seções de informática, tecnologia e CD’s – eu e Lu ficamos “abestados” ali! As outras duas lojas eram uma exclusiva para quadrinhos (porte médio), mais haviam outros títulos, e outra loja (menor) para produtos finos de escritório, arte, presentes e decoração – show!!!
Finalmente chegando ao hotel, nos recompomos e tivemos fôlego ainda para mais uma última saidinha, rumo a um simpaticíssimo restaurante italiano pertinho do hotel, boa comida, clima de romance no ar (risos), êita!!! Coisa muito boa! (Risos!).
:: Terceiro dia :: (domingo!).
Acordamos cedo novamente (risos), mas incrivelmente dispostos (risos!), é verdade!!! Mesmo esquema, café reforçado e saída rumo a feira de antiguidades que rola todo domingo embaixo do MASP – que coisa chata heim?!?
Chegamos por lá depois de uma agradável caminhada sobre um friozinho gostoso mesmo com a boa presença daquele solzinho maroto característico de outono.
Próximo ao MASP reparamos que havia duas feiras sendo ainda montadas, uma era a feira de antiguidades e a outra era uma feira de artesanato do outro lado da avenida – muito bacana as duas!
Começamos pela de antiguidades – deslumbrante!!! Peças de arte, jóias, brinquedos, edições raras, máquinas de todas as espécies, objetos de decoração, relicários, selos, moedas, cutelaria – tudo em estado de novo, era como visitar o passado através de um túnel do tempo.
Outro detalhe que nos chamou a atenção eram as muitas línguas ouvidas por ali, hebraico, árabe, espanhol, inglês e o presente japonês e chinês!
Notei também que o registro fotográfico dos turistas e muito curiosos que se deslumbravam por ali não era uma coisa, digamos assim, muito bem vista pelos expositores (risos!), mesmo assim fiz ainda alguns registros tentando ser o mais discreto possível.
Enquanto esperávamos pela abertura do MASP para visitar a exposição de Vik Muniz e o acervo permanente desta instituição, fomos à outra feira que igualmente estava muito badalada e surpreendia pelo artesanato refinado e a exposição de belos desenhos e pinturas de artistas locais!
:: MASP ::
Visitamos a exposição VIK, do artista Vik Muniz – indiscritível!!!
Foi uma grande mostra mostrando a trajetória de seus trabalhos mais representativos desde o início de sua carreira indo até a atualidade.
Vik Muniz ainda como escultor, inicia sua trajetória na fotografia inicialmente registrando seus próprios trabalhos artísticos para o desenvolvimento de material de divulgação e, a partir daí, enxerga nesse meio a possibilidade do desenvolvimento de trabalhos artísticos que somente se concretizam na apresentação do registro fotográfico único das artes realizadas, pois estas, feitas dos materiais mais diversos, são instalações, efêmeras, frágeis e desenvolvidas somente para o momento desse registro fotográfico que põem em cheque uma vasta lista de pensamentos filosóficos, discussões sobre arte e a relação ainda polêmica sobre a força da imagem e seu diálogo com o espectador!
Bom só fiquei triste com uma coisa no MASP, não conseguimos ver as obras do acervo permanente, pois o espaço onde ficam essas obras havia sido temporariamente cedido para uma outra exposição que inclusive já havia terminado e estava sendo desmontada para o retorno deste acervo a exposição. Uma pena! Mas está limpo, é mais um motivo para retornarmos em breve (Risos!).
De lá fomos direto para o bairro da Liberdade!!!
:: Liberdade ::
Que loucura aquele lugar, muito bonito e super movimentada!!!
Saímos do metrô praticamente dentro da feirinha de artesanato que toma todos os espaços ao redor.
Jovens músicos tocando um repertório de músicas clássicas nas calçadas, barraquinhas de comidas típicas japonesas com aquele cheirinho de iguarias deliciosas pelo ar que enchiam nossas bocas de água, lojas e mais lojas de produtos japoneses e chineses dos mais diversos que vão de bugigangas eletrônicas a utensílios e produtos culinários... E por aí vai!!!
Depois de passear bastante e nos empapuçarmos de tempuras, sushis e outros bolinhos a base de camarão, de “pança piena” (risos!) partimos para a Praça da República – Êita!!! (Risos!!!).
:: Feira de artesanato da Praça Da República ::
Chegamos por lá por volta de umas 16:40h, ou seja, muito expositores já se preparavam para desmontar seus mostruários, mesmo assim conseguimos apreciar a beleza da diversidade de estilos e o universo de criatividade e muito talento visto nos belíssimos trabalhos expostos por lá!
Mesmo com a movimentação já bem diminuída, ainda vimos muitos recentes compradores felizes da vida, saído com quadros e mais quadros debaixo de seus braços e, claro, muitos artistas satisfeitos com a realização de bons negócios – Ai, ai... Por aqui no ES. não poderia ser assim também?!? (Risos!).
E foi assim que encerramos nosso cronograma de passeios à belíssima e surpreendente São Paulo, regressamos ao hotel ainda com um tempinho legal para descansarmos e ajeitarmos tudo antes de partirmos rumo ao aeroporto e de volta a nossa Vila velha querida!!!
Missão cumprida!!! (Risos!!!)
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